Perdido em Marte - Andy Weir | Resenha

A Editora Arqueiro tem lançado vários livros que fogem um pouco do padrão tendo assuntos variados e narrativas criativas, diferentes e únicas, como exemplo é possível citar Os Três e o mais recente lançamento chamado Perdido em Marte.

Perdido em Marte foi o romance de estreia do engenheiro de softwares Andy Weir que tem como tema principal ficção científica. A obra foi muito premiada internacionalmente alcançando boas avaliações e muitos elogios por partes dos leitores, além disso é muito provável que já em 2015 veremos uma adaptação cinematográfica que será estrelada por Matt Damon e dirigida por Ridley Scott.

 "Não consegui largar este livro! É a rara combinação de uma ótima trama original, personagens incrivelmente reais e uma precisão técnica fascinante. É como um episódio de MacGyver na Ilha misteriosa."   – Astronauta Chris Hadfield, comandante da Estação Espacial Internacional e autor de An Astronaut’s Guide to Life on Earth.

Mark Watney foi a décima sétima pessoa a pisar em Marte através da Missão Ares3 da NASA que tem como intuito explorar o planeta vermelho. O rapaz que é botânico e engenheiro fez uma longa viagem com uma equipe de outras 5 pessoas, cada uma com uma especialização diferente para que não houvessem muitos problemas e a missão ser um sucesso. Porém, foi no 6° dia em Marte que tudo começou a dar errado.

No meio de uma tarefa a equipe foi apavorada por uma longa e perigosa tempestade de areia que acabou resultando no aborto da missão pela NASA e um curto prazo de tempo para os tripulantes não morrerem e voltarem protegidos para a Terra. Mas, no meio da confusão e do alvoroço os tripulantes perderam Mark de vista e consideraram que ele estava morto, como o tempo para se salvarem era contado a saída foi deixar o colega no planeta vermelho e irem embora com vida.

Mark acabou desmaiando depois que um disco da antena do Hab se soltou e o acertou. Ao acordar ele percebe que agora está sozinho em  Marte sem contato nenhum com a Terra e com alimento e recursos de sobrevivência ineficientes para durar até a missão Ares 4, isso se ela realmente for acontecer após o fracasso e a má repercussão de sua missão.

DIÁRIO DE BORDO: SOL 6
Estou ferrado.
Essa é a minha opinião abalizada.
Que fique registrado: não morri em Sol 6. O restante da tripulação certamente achou que eu tivesse morrido, e não posso culpá-los. Talvez decretem um dia de luto nacional em minha homenagem e minha página na Wikipédia vá dizer: “Mark Watney foi o único ser humano que morreu em Marte.”
E, provavelmente, isso estará correto.
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 DIÁRIO DE BORDO: SOL 6

Estou ferrado.

Essa é a minha opinião abalizada.

Que fique registrado: não morri em Sol 6. O restante da tripulação certamente achou que eu tivesse morrido, e não posso culpá-los. Talvez decretem um dia de luto nacional em minha homenagem e minha página na Wikipédia vá dizer: “Mark Watney foi o único ser humano que morreu em Marte.”

E, provavelmente, isso estará correto.

Desse modo, o sobrevivente perdido em Marte precisa utilizar todas as suas técnicas de botânico e engenheiro para arrumar e construir coisas que garantem a sua sobrevivência além de tentar plantar Batatas em solo marciano para durarem até um possível resgate. O astronauta escreve todos os principais acontecimentos e pensamentos do dia em um "Diário de Bordo" onde o leitor acompanha toda a sua luta pela tentativa de sobrevivência.

Mark é muito criativo e inteligente, além de ter um ótimo e divertido humor, por mais que ele esteja sozinho e sem contato com outras pessoas ele sempre possui esperança e fé de que tudo vai dar certo. É o tipo de personagem que certamente ganhará a atenção do leitor através de suas histórias, seu senso de humor e experimentos malucos e essenciais para conseguir viver.

Contudo, o astronauta detalha também, através de termos técnicos tudo que acontece em sua volta, assim os capítulos que são compostos pelo "Diário de Bordo" possuem muitos conhecimentos e estudos sobre física, química e biologia. Também são encontrados poucos diálogos e muitos detalhes sucintos e eficientes para uma ótima compreensão da narrativa. Contudo, o resultado desses capítulos é uma leitura mais densa e devagar porém muito divertida e inteligente.

Quando o leitor começa a querer algo diferente o autor apresenta em 3° pessoa a equipe da NASA preocupada com o astronauta e buscando fotos do corpo (eles acreditavam que Mark estava morto). São muitos personagens legais e com diferentes ideais, funções e personalidade. Esses capítulos são compostos por muitos diálogos e decisões importantes.

O livro conta também com diversos momentos de tensão e apreensão, com algumas reviravoltas que poderão surpreender e mexer com os nervos e ansiedade do leitor. Apesar da narrativa ser densa em sua maior parte o ritmo é frenético e viciante, a leitura pode ser um pouco demorada mas é compensativa, diferente e interessante.

Andy soube muito bem mesclar realidade com ficção, criando ótimos e marcantes personagens, pesquisando muito e trazendo explicações simples para termos complicados além de criar um cenário bem realista e detalhado de onde tudo acontece. Perdido em Marte deixará o leitor com ressaca literária e ficará marcado em sua mente por muito tempo. 

Será que Mark conseguirá sair vivo de Marte? Se sim, como?

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Nota geral: 4,5 / 5,0 = Ótimo

softwares

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Algumas informações relevantes:

Autor: Andy Weir --- Gênero: Ficção científica --- Páginas: 336 --- Lançamento: Outubro de 2014 --- Editora: Arqueiro --- ISBN: 9788580413359 --- Título original: The Martian --- Preço: R$36,90

Livro nas redes sociais e primeiro capítulo:

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