Galera, achei essa entrevista em um blog, do diário com Augusto Cury. Espero que gostem!
DIÁRIO - Seus livros de autoajuda foram bem-sucedidos e, então, o sr. rumou para o romance. Por quê?
AUGUSTO CURY- Escrevi mais de 20 livros sobre psicologia aplicada. Procurei democratizar o conhecimento científico para que leitores aprendessem a proteger sua emoção, a gerenciar seus pensamentos, a trabalhar perdas e frustrações, a desenvolver capacidade de empreender, pensar antes de reagir e correr riscos para materializar seus sonhos. Entretanto, senti a necessidade de escrever romances para que os leitores pudessem aprender de forma agradável e assimilar esses processos.
DIÁRIO - Acha que conseguiu?
CURY - Meu primeiro romance, O Futuro da Humanidade, causou grande impacto. Mais de um milhão de pessoas o leram e foram às lágrimas, porque entenderam que nas sociedades modernas estamos cada vez mais nos tornando números de identidade e de cartão de crédito em vez de seres humanos complexos e únicos. Desta forma, minha intenção ao escrever é levar as pessoas a navegar nas águas da emoção e principalmente auxiliá-las a encontrar ferramentas que as tornem autoras de sua própria história.
DIÁRIO - O sr. já tentou entender o segredo do êxito de seus livros no mercado? São as histórias, o texto fácil...?
CURY - Durante mais de 20 anos, tive o privilégio de desenvolver uma das poucas teorias mundiais que estuda o processo de formação de pensamentos. Meus livros divulgam essa teoria. Preferi usar uma linguagem acessível para que o maior número de pessoas tenha condição de entender o teatro da mente humana e de usar as ferramentas para expandir o pensamento crítico e desenvolver a arte da observação, da dedução e da interiorização.
DIÁRIO - Foi assim desde o começo?
CURY - Isso aconteceu depois que escrevi o livro Inteligência Multifocal, de linguagem fechada. Muitas pessoas têm dificuldade de lê-lo, então após ver que poucas pessoas estavam usando minha teoria em trabalhos de mestrado e doutorado, percebi que estava distante da sociedade em geral. Então, procurei democratizar o conhecimento. Muitas pessoas ainda usam os livros em pós-graduações, em especial em educação multifocal. Milhões de outras pessoas, de 50 países, estão lendo os livros e aplicando a teoria em suas vidas. Acredito que essas pessoas estão conseguindo de uma maneira prática mudar sua trajetória de vida e reescrever os capítulos mais importantes de suas histórias.
DIÁRIO - Por conta das grandes vendagens, o sr. já ouviu comparações com Paulo Coelho?
CURY - Já aconteceram, sim, algumas comparações. Conheço pouco o trabalho de Paulo Coelho, mas o respeito como um autor extremamente lido. Mas nossos trabalhos são muito diferentes. Meus livros falam sobre psicologia e outras ciências humanas, não entro na esfera do misticismo, do sobrenatural.
DIÁRIO - Quais são seus autores preferidos na literatura? E os livros mais significativos na sua opinião?
CURY - Gosto muito de Machado de Assis, da forma como ele escreve e se expressa, além de gostar muito de ler e estudar os filósofos gregos. Desta forma, não posso definir quais os livros mais significativos porque, para mim, são muitos.
DIÁRIO - As personagens de suas histórias são baseadas em pessoas reais ou são tipos definidos pela psiquiatria?
CURY - Minhas personagens são fruto de muitos anos tendo experiências em consultório com meus pacientes. Também expressam muito do que sou, mas principalmente muito do que eu gostaria de ser.
DIÁRIO - Vivemos hoje em uma sociedade louca?
CURY - No livro O Vendedor de Sonhos, descrevo que as sociedades modernas se converteram em um manicômio global, um grande hospital psiquiátrico, onde o normal é ser irritadiço, sofrer por antecipação, ter emoção flutuante e reações explosivas diante de pequenas contrariedades. Ser normal é necessitar de grandes estímulos, como roupas de grife, festas e aplausos sociais, para ter migalhas de prazer. Essa é a situação normal do homo sapiens moderno, portanto doentia. O homem anormal abraça as árvores, conversa com as flores, faz das pequenas coisas um espetáculo aos olhos. Ele fala dos fracassos aos filhos e amigos para que eles aprendam a entender que ninguém é digno do pódio sem usar-se do fracasso para alcançá-lo. Nesse sentido, os anormais são minoria e são privilegiados, pois fazem da sua história um espetáculo único e imperdível, valorizam aquilo que o dinheiro não compra e somente desta forma é que poderemos encontrar maneiras de ser genuinamente felizes e realizados.
DIÁRIO - Por que hoje em dia crescem os casos de depressão?
CURY - Bom, os sintomas da depressão hoje são muitos e em alguns casos bem diferentes. Em De Gênio e Louco..., falo bastante de alguns sintomas de depressão, estresse, ansiedade. Um deles é o fato de que as pessoas estão deprimidas igualmente pelo ambiente tenso e ansioso em que vivem, trabalham e convivem, onde não se sentem produtivos, construtivos, criativos e contemplativos. Entretanto este é apenas um exemplo, existem muitos outros fatores que fazem aumentar os casos de depressão.
DIÁRIO - Hoje, o sr. se dedica apenas aos livros?
CURY - O que me fez decidir ser um escritor foi em primeiro lugar a paixão que tenho pela vida e pelo mundo das ideias. Em segundo lugar, foi uma crise depressiva que tive quando estudava na faculdade de Medicina, daí comecei a escrever. Para muitos, a dor emocional os destrói; para outros, ela os constrói. Usei minha dor para me construir. Minha crise se tornou um excelente passaporte para que viajasse para dentro de mim e começasse a estudar o funcionamento da mente. Fiquei fascinado em penetrar em meu psiquismo e estudar as causas que financiavam minha angústia. Desta forma, escrever para mim é hoje essencial para que eu possa exteriorizar meus sentimentos. Entretanto, no tempo vago amo ficar com minha esposa e filhas e apreciar junto com elas a natureza. Gosto muito da vida no campo e de cuidar também dos animais e plantas.
Fonte
Ah adoro os livros dele
ResponderExcluirOi estava visitando alguns blogs e encontrei o seu blog adorei...
Já estou seguindo
http://marifriend.blogspot.com/
@Storieandadvic
Espero sua visitinha, adoraria que você seguisse também.
Beijo